Este blog tem como finalidade trocar ideias, experiências e conhecimentos para a aquisição da escrita e da leitura. Somos um grupo de cursistas do curso Melhor Gestão, Melhor Ensino - Formação de Professores de Língua Portuguesa - 1a edição 2013 - oferecido pela Secretaria de Educacao do Estado de São Paulo . . Convido a compartilharem conosco as delícias sobre o aprendizado da leitura e escrita na era digital.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Situação Didática - Texto Avestruz de Mário Prata
Avestruz
- Mário
Prata
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez
anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em
Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era
minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu
as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de
avestruzes. E se entregavam em domicílio. E fiquei a observar a ave. Se é que
podemos chamar aquilo de ave.
A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de
criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve
ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi.
Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo
avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7m para
ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um
pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter
estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até
sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais
aves normais.
Outra
coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um
camelo. Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela
frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus
australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser
aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais
ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que
elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta,
entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM.
Uma
avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem
gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga.
Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes
correndo pela sala do apartamento.
Ele
insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia
mais o que fazer.
Foi
quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços
de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de
fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E,
se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o
avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi
para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer
do que ser gigolô de avestruz.
avestruz_oficial
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quinta-feira, 6 de junho de 2013
Fragmentos das Minhas Primeiras Leituras
Depoimento de leitura e escrita de:
Lucy Bellomi Rubio Fernandez
Lembro-me remotamente do meu primeiro contato com a literatura clássica que foi a leitura do livro “O Ateneu”, de Raul Pompéia. Depois de algum tempo li o “Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry. Fiquei encantada. Uma só leitura não foi o suficiente. Li inúmeras vezes. A cada leitura descobria uma nova mensagem que se fixava em minha mente e me impulsionava e ler mais e mais.
Não posso esquecer também da revista “Nosso Amiguinho”, que ansiosamente esperava para ler os textos, fazer os passatempos.
Relembro das composições feitas na escola através de gravuras, ao observá-las minha imaginação fluía e os textos brotavam rapidamente.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Prof. Jeremias - Experiência de leitura e escrita
Depoimento de leitura e escrita de:
Jeremias Araújo dos Santos
A leitura constrói mundos novos, ideias, sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos, os outros e a realidade, como diz Chauí. O livro é um dos objetos mais valioso já criado pelo Homo Sapiens.
Jeremias Araújo dos Santos
Imagem Internet - http://3.bp.blogspot.com/ |
Ao tornar-me leitor, nasci de novo, fiz-me uma nova criança, um novo jovem, um novo homem, pois as palavras têm poder criador e destruidor. Criam sonhos, fantasias, mundos. Destroem muros, preconceitos, prisões.
Minha experiência com o mundo das palavras confunde-se, encontra-se com a vivência de Nina Horta que diz:
Muitas vezes deixei de ver ou de viver coisas concretas porque estava lendo sobre elas. Mas é que ler me dá um prazer muito grande mesmo. Sou viciada em leitura, e isso já se tornou parte de mim. Na minha casa, não dá para andar de tanto livro. E quando viajo levo uma batelada comigo (escondido do meu marido). Acho que, hoje, os livros são minha única tentação em matéria de consumo. Se quero comprar algo, é livro. Não consigo nem imaginar como teria sido minha vida sem eles, pois é deles que vêm quase todas as minhas referências
Também sou viciado em leitura, escondo livros na bagagem. Quando tenho dinheiro compro livros, se sobrar, compro roupa e comida.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
O livro que me cativou
Depoimento de leitura e escrita de:
Fernando Gomes dos Anjos
O livro que me cativou foi Caçadas de Pedrinho de Monteiro Lobato; sendo criança também me identificava com suas travessuras, pois morava distante da cidade. O que mais me intrigava e fascinava era o seu pó de Pirlimpimpim , que trazia em seu bornal e utilizava em situações difíceis. O tempo faz o seu trabalho e crescemos, mas não podemos deixar morrer os sonhos "reais" que os livros nos trazem, além de valorizar a importância e o hábito da leitura em nossa vida, pois as dificuldades e os problemas são inevitáveis em nossa caminhada.
Fernando Gomes dos Anjos
O livro que me cativou foi Caçadas de Pedrinho de Monteiro Lobato; sendo criança também me identificava com suas travessuras, pois morava distante da cidade. O que mais me intrigava e fascinava era o seu pó de Pirlimpimpim , que trazia em seu bornal e utilizava em situações difíceis. O tempo faz o seu trabalho e crescemos, mas não podemos deixar morrer os sonhos "reais" que os livros nos trazem, além de valorizar a importância e o hábito da leitura em nossa vida, pois as dificuldades e os problemas são inevitáveis em nossa caminhada.
PRIMEIRAS LEITURAS
Depoimento de leitura e escrita de:
Os romances também não eram coisas de criança, mas eles me chamavam a atenção por seus títulos barrocos: “Teu Amor Minha Loucura”, “Sentença de Deus”, “A Tocha Apagada”, para citar alguns. Esses títulos sempre me faziam imaginar sobre o que eles falavam.
Outra fonte de fascinação e assombro eram os três volumes do “Dicionário Prático Ilustrado” que usávamos para as pesquisas escolares. Fascinação pelas palavras e significados, assombro, pois suas ilustrações, gravuras e reproduções eram todas em cor sépia e amarronzada que me causavam um grande estranhamento. As telas de pinturas me assustavam pelas suas dramaticidades, não as entendia por isso me assombravam.
Os álbuns de figurinhas, cinco no total, foram a forma mais prazerosa de leitura da minha infância. “Ídolos da Tela”, “Bicholândia”, “Aquarela do Brasil”, “Enciclopédia Zoológica em figurinhas” e “IV Centenário de São Paulo – 1554-1954”, todos eles foram lidos e relidos em momentos diversos por puro prazer.
Não li nenhum dos romances trazidos por meu pai. Li meu primeiro livro de literatura por exigência da professora da 5ª. Série. Chamava-se “O Príncipe e o Pobre” do Mark Twain. Era uma edição condensada, que não cheguei a lê-lo por inteiro.
Minha paixão pela literatura veio naturalmente aos 22 anos de idade, quando encontrei numa banca de jornal o livro: “Gente como a Gente” da Judith Guest. O livro serviu de base para um filme de mesmo nome. Um filme que eu assistira e que tinha me impressionado muito pelo seu forte apelo dramático e psicológico. Li o livro de uma enfiada só, sentindo todas as sensações que a literatura nos dá, e desde então, nunca mais parei.
Santo André - 01 de junho de 2013 - Outono - 19h51min
Ivan Leite
Minha mãe disse certa vez, que quando viu meu pai pela primeira vez, ele estava lendo um livro. Disse que ele gostava de ler livros e por isso os trouxe junto com alguns álbuns de figurinhas quando se casou. Eles foram as minhas primeiras referências de leitura.
Não tenho lembranças da infância em que meus pais estão lendo para mim ou para os meus irmãos, tenho imagens posteriores deles lendo para si, mas já éramos adolescentes.
Os livros da minha infância sempre me chamaram a atenção, primeiro, pelas suas capas e folhas, segundo, pelos seus títulos, e terceiro, pelas suas ilustrações.
O livro que mais me chamou a atenção naquela época se chamava: “A Nossa Vida Sexual” do Dr. Fritz Kahn. Não era leitura de criança, por isso não o compreendia direito, mas as suas imagens e esquemas do corpo humano me fascinavam.
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O livro que mais me chamou a atenção naquela época se chamava: “A Nossa Vida Sexual” do Dr. Fritz Kahn. Não era leitura de criança, por isso não o compreendia direito, mas as suas imagens e esquemas do corpo humano me fascinavam.
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Os romances também não eram coisas de criança, mas eles me chamavam a atenção por seus títulos barrocos: “Teu Amor Minha Loucura”, “Sentença de Deus”, “A Tocha Apagada”, para citar alguns. Esses títulos sempre me faziam imaginar sobre o que eles falavam.
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Não li nenhum dos romances trazidos por meu pai. Li meu primeiro livro de literatura por exigência da professora da 5ª. Série. Chamava-se “O Príncipe e o Pobre” do Mark Twain. Era uma edição condensada, que não cheguei a lê-lo por inteiro.
Minha paixão pela literatura veio naturalmente aos 22 anos de idade, quando encontrei numa banca de jornal o livro: “Gente como a Gente” da Judith Guest. O livro serviu de base para um filme de mesmo nome. Um filme que eu assistira e que tinha me impressionado muito pelo seu forte apelo dramático e psicológico. Li o livro de uma enfiada só, sentindo todas as sensações que a literatura nos dá, e desde então, nunca mais parei.
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Postado por: Ivan Leite
domingo, 2 de junho de 2013
Professores autores deste blog
O grupo de professores autores integrantes deste blog são:
FERNANDO GOMES DOS ANJOS - Santo André-SP
Professor da rede pública de ensino há vinte e nove anos, ainda acredito na educação.
IRENE WEBER DONATELLI - Santo André-SP
IVAN LEITE - Santo André - SP
JEREMIAS ARAÚJO DOS SANTOS - São Caetano do Sul-SP
Eu sou professor de Língua Portuguesa da rede pública de São Paulo. Trabalhei durante três anos na rede municipal de Mauá. Tenho especialização e Língua Protuguesa, especialização em Docência e mestrado em Educação (formação de professores). Gosto de Jazz, MPB, Bossa Nova, Blues, Ópera. Sou "Educacionista"
LUCY BELLOMI RUBIO FERNANDEZ - Santo André-SP
Leciono na E.E.Profª Wanda Bento Gonçalves, Santo André. Espero poder compartilhar com vocês as boas experiências do nosso dia-a-dia.
FERNANDO GOMES DOS ANJOS - Santo André-SP
Professor da rede pública de ensino há vinte e nove anos, ainda acredito na educação.
IRENE WEBER DONATELLI - Santo André-SP
Professora de Língua Portuguesa no Ensino
Fundamental II, desde 1993, em Mauá e depois em Santo André como efetiva desde
2000, na E.E.Dr. Américo Brasiliense. Sou Formada em Letras e Pedagogia, fiz uma Pós em
Psicopedagogia Clínica e atualmente curso Neuroaprendizagem com ênfase em
Dislexia e TDHA na Faculdade de Medicina ABC. Também sou Screener da Síndrome de
Irlen. Tenho um blog - IRENEPOESIA - http://irenewdonatelli.blogspot.com Participei de um projeto piloto da Secretaria de
Educação do Estado de São Paulo e FDE - ENLACES BRASIL - aprendemos a integrar a
tecnologia ao currículo e desenvolver projetos telecolaborativos. Estou aberta a
aprender mais.
Sou formado em Letras (1990) pela Faculdade de Filosofia e Letras da Fundação Santo André e atuo há 15 anos como professor de Língua Portuguesa em várias escolas estaduais e particular em Santo André. Há 7 anos ministro aulas na E.E. João Baptista Marigo Martins em Santo André. Possuo Formação continuada pela Teia do Saber (2003, 2004 e 2005): Metodologia de Ensino para o Ensino Médio e formação no Projeto de Extensão para professores na FEUSP (2005): Metodologia de Ensino para o Ensino Fundamental. Possuo vários certificados de cursos de Extensão Cultural. Sou pesquisador da Pedagogia Waldorf desde 2006 e possuo Curso de Formação para Educadores Sociais fundamentado na Pedagogia Waldorf. Sou editor do Blog: Diário de Bordo (24.500 visualizações) e co-editor do Blog: João Baptista. (4.200 visualizações).
Eu sou professor de Língua Portuguesa da rede pública de São Paulo. Trabalhei durante três anos na rede municipal de Mauá. Tenho especialização e Língua Protuguesa, especialização em Docência e mestrado em Educação (formação de professores). Gosto de Jazz, MPB, Bossa Nova, Blues, Ópera. Sou "Educacionista"
LUCY BELLOMI RUBIO FERNANDEZ - Santo André-SP
Leciono na E.E.Profª Wanda Bento Gonçalves, Santo André. Espero poder compartilhar com vocês as boas experiências do nosso dia-a-dia.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Depoimento de leitura e escrita
Depoimento da Professora Irene Weber Donatelli
Do que me lembro ...
Antes dos livros de meu pai no barracão, foi com a minha vizinha, Dona Izaura, professora do 1o ano. Na época, ela apenas me levava para a escola por companhia, não tinha seis anos ainda e todos os dias ia com ela para a escola. Não me lembro quando, mas foi de um momento a outro que estava lendo e ela sugeriu à minha mãe que permitissem eu frequentar a escola, naquela época ,não havia restrições e me aceitaram.
Fazia composições através dos quadros e calendários que ela apresentava para a classe.
Do que me lembro ...
Antes dos livros de meu pai no barracão, foi com a minha vizinha, Dona Izaura, professora do 1o ano. Na época, ela apenas me levava para a escola por companhia, não tinha seis anos ainda e todos os dias ia com ela para a escola. Não me lembro quando, mas foi de um momento a outro que estava lendo e ela sugeriu à minha mãe que permitissem eu frequentar a escola, naquela época ,não havia restrições e me aceitaram.
Fazia composições através dos quadros e calendários que ela apresentava para a classe.
E assim desde bem pequena, assaltava o criado-mudo de minha avó que
abrigava muitos livros e revistas , talvez a curiosidade por elas estarem num
lugar que não deveria ser aberto a qualquer momento eu me interessei em saber o
que ali estava , eu já sabia ler nessa época, não tão fluente mas folheava
aqueles livros muitas vezes e as mesmas por muitas e muitas vezes. Meu pai
também adorava ler e trazia toda a coleção de “Seleções” , no barracão onde ,
além de ferramentas, os guardava além de outras coleções.
Eu me escondia do
mundo e viajava com aquelas histórias , inclusive um livro me chamou a atenção
"“35
Janelas para o Mundo” Seleções
do Readers Digest –
Não me lembro o autor mas me fascinava ver aquelas
imagens de lugares distantes , pessoas diferentes daquelas que conviviam comigo.
Sonhava um dia estar lá.
Hoje - gosto de poesia e faço algumas também e estão publicadas no site Mensagens Virtuais
Mundo
atual
Que mundo
estranho!
Que está
acontecendo?
Pai matando
filho
Filho matando
pai
Tiros, balas
perdidas, seqüestro
Alucinação
Geral.
Sonho ou
Pesadelo?
Não sei a
resposta.
Você
sabe?
Carlos Drummond de Andrade é o meu autor preferido.
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